sábado, 13 de dezembro de 2014

Boas Festas e Feliz Ano Novo

O Gestor do Blogue
Deseja a Todos os Ex-Camaradas Amigos, Seguidores e suas famílias
" BOAS FESTAS e um Feliz ANO NOVO "

"e nesta quadra Natalícia, um pouco de cultura"

Caso não saibas...
 O Gestor embora Transmontano "da Bonita Vila do Pinhão", é filho de Alentejanos. E por isso mesmo, presta esta merecida homenagem ao:


CANTE

Que é um canto coral, em que alternam um ponto a sós e um coro, havendo um alto preenchendo as pausas e rematando as estrofes. O canto começa invariavelmente com um ponto dando a deixa, cedendo o lugar ao alto e logo intervindo o coro em que participam também o ponto e o alto. Terminadas as estrofes, pode o ponto recomeçar com um nova deixa, seguindo-se o mesmo conjunto de estrofes. Este ciclo repete-se o número de vezes que os participantes desejarem. Esta característica repetitiva, assim como o andamento lento e a abundância de pausas contribuem para a natureza monótona do cante.

(Vê uns exemplos carregando nos links abaixo)
https://www.youtube.com/embed/RjXIdgi2rMg


  Antes de veres este 2º link, agarra uma vassoura imaginando ser um cajado e na pele dum Alentejano, encosta-te ao frigorífico e canta também. Verás que é fácil.
( Parte do meu ACERVO museológico da 2504, no Meu BAIXATOLA's  BAR )
Além do Tabuleiro de póker que comprei em Luanda, preservo ainda a Carteira "de plástico" que foi oferecida pela Cruz Vermelha no Natal de 68, um Isqueiro que sempre me acompanhou, a "Cavilha" de fecho do meu saco "mochila" e  respectivo cadeado "aluquete", entre outras recordações.
Amigo, e para terminar com alguma imaginação...

https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=H965m0Hkk5M



domingo, 30 de novembro de 2014

o MORTEIRISTA

CAMARADAS

Relato hoje aqui, o segundo encontro (após cumprimento do serviço militar obrigatório), de Manuel Marques Pimenta com o António Valério Branco da Cruz.

Este encontro ocorreu no passado Domingo dia 23 de Novembro de 2014 no renovado Centro Comercial ALEGRO de Setúbal. Como estarás recordado, trata-se de pessoal do 3º pelotão da 2504. Um, era furriel Atirador e de Minas e Armadilhas, o Outro, o imprescindível Homem do morteiro.

O primeiro encontro acorreu há três anos, em 2011, na 19ª confraternização da Companhia
realizado no dia 7 de Maio, em São João da Costa da Caparica.

Préviamente após contacto telefónico, como estava com dificuldades de juntar o nome à pessoa, socorri-me da memória do nosso Cabo Isidro Catarino Nunes, que sem hesitações me recordou que era o “Morteirista de serviço” portanto o homem da arma “de grosso calibre” que transportava e a manuseava "como ninguém". Ainda, aquele que gostava muito de fazer desenhos. ”Atributo este, que Eu não recordava”

Agradecido, consultei o meu arquivo fotográfico e de imediato descobri quem era.



Na 1ª fila, é o Ponta esquerda.

 Em destaque o seu Morteiro e respectiva granada.
"devido ao peso, as demais granadas eram transportadas pelos demais Camaradas"

Continuei a consulta, e descubro agora que este nosso amigo merecia uma punição, pois como podes verificar na foto abaixo, vemos que a “Sua inconfundível arma” andou de mão em mão.


Eu aqui de momento sem arma, dado que a mesma por vezes "servia de tripé” da máquina fotográfica 


Com respeito aos desenhos, confirma-se a habilidade do Cruz através da foto abaixo.
 

Exibindo uma das suas Obras d'arte




Algo me diz que terá sido este Cruz, o autor de outras pinturas, nomeadamente placas e emblemas que ao longo da comissão existiram.

   Ei-lo "na outra margem" no socalco onde residimos várias semanas, posando para a posteridade com a Ponte e o rio Dange ao fundo.
"Socalco de onde desabou o Unimogue do Brito"

1- Posto de sentinela. 2/7- Casernas do Pessoal. 3- Caserna dos graduados e "Paiol". 4- BAR.
5- Posto de sentinela. 6- Refeitório. 8- Escadaria de acesso ao WC. (setas)- Inicio/Cambalhota/ Fim, da queda do Unimogue.


Entretanto novos predicados descobri. Constatei que entre outros, o nosso “Morteirista” tem inspiração poética. Inspiração essa que podemos confirmar, ao ler o poema que ofereceu dedicado à “nossa guerra”.



NA GUERRA EU ANDEI



Sem saber porque razão
Para a guerra Fui chamado
Diziam para defender a Nação
Triste o dia, que fui mobilizado.



Chegou esse triste momento
Para a África embarcar
Ainda hoje me atormento
Para o barco, caminhar.



Dias noites por alto mar
Nesse oceano agitado
Uns tristes, outros a chorar
Eram as leis do Estado.



Era Maio, dias de Primavera
No barco dias passei
Outros tempos, outra era
O que hoje recordei.



A África lá chegamos
Muito mal preparados
Nessa terra lutamos
Em zonas várias, separados.




Tento hoje recordar
O que nas terras pude ver
Os Companheiros lembrar
E com Eles, conviver.

Branco da Cruz









Sentados à mesa na zona dos restaurantes, relembramos aventuras diversas, umas alegres outras nem por isso. Ao mesmo tempo dizimávamos bifanas de Vendas Novas, acompanhadas de “para mim” um generoso copo de sangria e “p'ra Ele” um esmifrado copo de cerveja.



Deixou-me entretanto preocupado, pois não me recordo de algumas peripécias, nomeadamente aquela que “no seu dizer” diz respeito à minha teimosia no decurso de uma operação "numa questão de orientação geográfica", que foi confirmada mais tarde quando se atingiu o rio e se verificou o sentido da corrente, dando assim a meia volta e a mão à palmatória.
Deduzo agora que não devo ter levado a bússola e por minha causa, todo o grupo calcorreou de bórla alguns quilómetros dos quais, se não o fiz na altura "o que acho difícil” peço agora "mais de 40 anos decorridos", desculpa aos lesados.

Sinceramente acredito que tal tenha acontecido, pois em relação a pontos cardeais, reconheço que “ainda hoje” tenho alguma dificuldade em descobrir o azimute.



Mas não foi só de incidentes, a nossa conversa.

O Cruz, referiu outras histórias que existiram, as quais eu Lhe pedi para escrever, a fim de as recordar e as poder compartilhar com todo o mundo.

Preparem-se pois Camaradas, para lerem "entre outras" uma história e confissão curiosa do Cruz e se indignarem "tal como Ele", ao saberem que alguém de nós (somos todos suspeitos) lhe roubou um kico.
Isto, dias depois de Ele também o ter "gamado" ao Tenente Coronel
"nosso Comandante do Batalhão".

* Sinceramente... Isto não se fáz * 

Mas quem o fez, estará hoje perdoado, pois: Ladrão que rouba ladrão...







CAMARADA

Também Tu terás as tuas histórias, e uma vez mais peço que as envies, a fim de enriquecermos o nosso Blogue

o Blogue da COMPANHIA DE CAÇADORES 2504