sábado, 30 de agosto de 2014

Divagando... se vai ao longe (ESPECIAL)



Sei que o Leitor mais atento, tem reparado que no decurso das Minhas Lembranças, por vezes surgem *asteriscos* evidenciando algo, que no final dos textos me preocupo em esclarecer.

Também sei, que falta esclarecer aquilo que escrevi "sem asterísco" numa história contada no Divagando… se vai ao longe (1/3), que passo a recordar: 

…ouvi o meu irmão mais novo Carlos, a chamar-me transfigurado. Gesticulando, com os auscultadores na cabeça jurava que estava a ouvir perfeitamente. Este, era bastante diferente do meu irmão António (já falecido), que era o mais velho, que tinha sempre razão, sabichão e inventor,
“do qual falarei numa próxima”

Utilizando a máxima "a mim, ninguém me cala", vou então agora falar:
Há semelhança da referência que fiz ao “Chefe Praça” que além de meu Sogro, foi Soldado durante 60 anos, mas da Paz, presto agora merecida Homenagem, falando "no Blogue" da existência deste meu irmão que também foi Furriel, um Especialista em Munições e Armamento, que cumpriu a sua missão dois anos antes da minha, no Quartel de Sacavém.

A respeito da sua faceta de inventor, apraz-me revelar o seguinte:

“des Largou” a Siderurgia Nacional em Paio-Pires no Seixal, onde trabalhavamos
e Montou a sua Empresa,


























Aspecto de um dos Quadros Sinópticos, que equipam algumas Máquinas










Diversos tipos e características, das Máquinas Despoluidoras





Após mais de 200 Máquinas instaladas, infelizmente este seu sonho terminou abruptamente, por um malfadado AVC

Após visionares o pequeno filme que se segue, ficarás a conhecê-lo melhor, e no final saberás responder à pergunta: quem teria sido o autor da parte eléctrica e electrónica?



Este filme, é composto de pequenos extratos de algumas longas entrevistas dadas na altura do "lançamento do seu" INVENTO,  aos canais de televisão de maior audiência.





domingo, 10 de agosto de 2014

Divagando.... se vai ao longe ( 3/3 )

…e que pense não fugir muito, aos temas aqui expostos.
Com boa vontade, as que seguem podem ser englobadas nos temas: ... e Transmissões.



Posteriormente lembro-me da Minha Estação de Rádio de FM que construí de raiz, desde a confecção do circuito impresso* até à caixa onde ficou alojada. Um emissor cujo alcance passou de pouco mais de um palmo na montagem inicial, para um varrimento da vários quilómetros de distância após calibragem e afinação.


Num grande perímetro, e bem antes das rádios TSF de Lisboa, da ex-Rádio Arremesso na Baixa da Banheira, da Rádio Seixal entre outras, já a minha Rádio Pirata,
(Rádio-Actividade * Barreiro-Cidade) 
com uma simples antena “Paço-em-Frente para passar despercebida da vizinhança”, emitia para  as redondezas.


O primeiro feedback foi-me dado pelo macanudo da Estação Viriato "de madrugada logo após o arranque" que residia no bairro Madre de Deus em Lisboa (que avaliou a minha portadora com um NOVE MAIS TRINTA, e a cores). Todo satisfeito, confirmei nos dias seguintes, que chegava a Palmela, a Almada, a toda a encosta de Lisboa virada pró Tejo, bem como Moita Montijo e não só.
A quem desconhece estes pequenos Emissores, ao vê-los diriam que estou a mentir pela insignificância do aspecto. Sem PLL, cabia na palma da mão, e podia ser regulado através de um trimmer a nosso bel-prazer, dentro e até fóra da Gama do FM os conhecidos 88 a 108 Mhz.

Para “fugir à polícia” todas as noites me despedia, com um
Até amanhã, nesta ou noutra frequência.

É que a Escuta dos Serviços Radioeléctricos, usavam, e penso que ainda usam, “à falta de bufos” a triangulação para detectar e caçar os piratas. Não podíamos portanto, estar muito tempo ligados, para não se dar tempo a que os defensores da moral e bons costumes, se dispusessem no terreno.

Após a legalização das rádios, perdi o entusiasmo e dediquei-me a outro projecto:
Construir um Emissor de Vídeo.

Um pouco mais complexo, fiz um Emissor de VHF. E aí estava Eu uma vez mais, com emissões piratas. Com uma propagação de largas centenas de metros, abrangia várias pracetas da redondeza. No entanto, acabei por desistir pouco tempo depois.

Tudo porque descobri certo dia, que foi por um triz que não cometi uma tremenda asneira.
Estava sentado no sofá da sala controlando a emissão, quando reparo que ia aparecer nos ecrãs dos televisores, o meu nome que tinha gravado na cassete que reproduzia nesse momento, e tudo acabou.
A minha camara que foi caríssima, que pifou duas vezes, e desisti de a mandar arranjar


De imediato saltei do sofá para a varanda onde estava montado o Estúdio, e em desespero puxei pela fiarada, arrancando sem dó nem piedade todo o equipamento.
não Me podia denunciar, já que fazia parte dos curiosos que queriam descobrir… o Pirata. O Leitor/Gravador de vídeo “pifou no acto”, mas o Emissor ainda funciona e faz hoje faz parte do meu acervo museológico, no BAIXATOLA’s BAR.

Eis o dito cujo, com uma pequena e banal antena telescópica.
Se o tivesse ligado a uma antena vertical exterior, tipo a multidirecional Ringo, concerteza que o raio de propagação  teria sido muito maior.


Já que falo em televisão e perante as tecnologias actuais, quando hoje em dia ouço e vejo Eles ou Elas “militares que foram voluntários brincar às guerras para ganhar uns cobres” chorando das saudades, “que sentem ou vão sentir”, dos seus entes queridos, dá-me vontade de rir.

Recordo de imediato os nossos tempos de guerra, o Rebenta-Minas, o Meu Pelotão, as rações de combate, o silêncio das preces para que não fossemos atacados "principalmente à noite" pois sabíamos que em plena mata, sem pistas e a largos quilómetros desviados da Base mesmo de helicóptero, não havia evacuações. Lembra-me ainda, os Bate-Estradas ou Aerogramas (que era o único meio de comunicacão com a família), a arca-frigorífica a petróleo, as nossas Madrinhas de Guerra, e Aqueles “não foi o meu caso pois vim de férias à metrópole” que só falaram, viram e abraçaram os Seus pela primeira vez, após 2 anos e tal da partida.

Imagino estes de agora, armados em Mercenários, numa noite de Natal e no quentinho do ar condicionado, ligados desde a partida às novas tecnologias, Skypes, Facebooks ou derivados, e com as parabólicas apontadas para os satélites Hispasat, Astra, Hotbird ou outros, comendo do bom e do melhor.
 Estarão confortavelmente sentados de joystic na mão, para quem sabe, sem pôr o cu a descoberto, comandar um Drone e programar um ataque logo após o seu clube terminar o jogo, ou ainda se a nostalgia atacar, ver na Televisão  a leds à hora combinada, as traquinices diárias do cão e dos filhos. Calculo-o fazendo "zapping" e imaginando-se no Terreiro do Paço ou Recinto da EXPO” vendo a final de uma copa qualquer, ou porque não: esperando sua excelência do governo, que vai passar as festas com o pessoal tão carenciado de afecto e diversão “tadinhos” para lhes dar alento, somando no seu curriculum, mais um asterisco de servir "se" a pátria, para num 10 de Junho ser agraciado pela valentia coragem a abnegação que demonstrou ao deslocar-se ao "teatro" das operações.

No entanto continuam a ignorar aqueles que “Obrigados”, bateram com os costados em terras de África, com um "pré miserável" e sem um mínimo de condições, e que ficaram com mazelas físicas e psicológicas eternas. Mas não desesperes Camarada, pois um dia quem sabe, quando te restar poucos dias de vida, e com a maior desfaçatez, irão abrir um inquérito para descobrirem que afinal foste tu o culpado (tal como a senhora que foi atropelada na passadeira), fora Ela a culpada por a ter atravessado com ligeireza, sem dar prioridade ao automóvel.


Irritado, apetece-me dizer: Por favor, Não me fecundem.

NOTA: Para que este texto faça melhor sentido, devias ter lido primeiro e seguidos, os Divagandos Anteriores.