sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Se vens por bem, podes entrar. Melhor dizendo: VIESTE POR BEM, PUDESTE ENTRAR

Caro Leitor

Na nossa última postagem referimos como
A primeira boa notícia do ano,
a descoberta de um novo Camarada que “embora por pouco tempo”, connosco conviveu.
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Dado que o nosso Blogue existe desde 21/03/2012 e só agora nos contactou, achamos que devia ser punido por isso*.

Trata-se do Ex.Furriel António Pinto Vilela, da Companhia de Caçadores 1781 do Batalhão 1930.


Escreveu-nos dizendo: Eu sou um dos Furriéis que foram reforçar o vosso Batalhão.
Fomos da Canga para a rede, e intervenção. O Campos já era careca, ou melhor, tinha pouco cabelo!
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Fomos os dois de Fiat 600 até às Quedas do Duque de Bragança, Malange, Salazar, Nova-Lisboa Tenho uma ou outra fotografia juntos.

Ei-las
Não sou o `Morto Vivo ´, nem o tal José Lourenço da Silva. Sou o António Vilela, do Bat. de Caç. 1930, que estivemos no Grafanil. Sou no grupo da foto o de calção e chapéu na cabeça. E quem são alguns dos vossos? Uns são do meu Batalhão que conheço. Creio que um é o Medroa.

Pelo fardamento exibido, deduz-se que estavam de partida para uma missão arriscada


“Se souberes esclarece”

Que Eu tenha a certeza, confirmo que ao fundo está “de toalha às riscas e ao ombro” e ainda de chapeuzinho azul na cabeça, o Agostinho Medroa da CCS. À frente de camisa branca e calção preto “olhando para o passarinho e de penso na perna” está o nosso saudoso Furriel Mecânico, Carlos Alberto M. Carvalho da 2504. Reconheço mais um ou dois, mas não tenho a certeza do nome.
Quanto ao tal Lourenço "escreve o Vilela" esteve com vocês fora de Luanda, como mostra na vossa fotografia.

Eu só estive no Grafanil. Mas também fiz uma coluna a Nambuangongo, levar munições. Mas creio que foi entre outros, o pessoal do Alf. Costa. Que deu uma noite de S. João. Mas isso é outra história, que outro dia contarei. Um abraço. A. Vilela.
E agora
a história, que entretanto nos recordou.


Estas 3 páginas fazem parte do livro do meu Batalhão, e relatam pequenos episódios que passaram por nós. Será que algum de vocês se lembra disto? Eu estava lá. Se a memória não me atraiçoa, também foi o grupo do Alferes Costa. E por conseguinte o Pimenta também foi. Tenho algum material que faz parte do meu acervo. Se vires conveniência, te mandarei algumas interessantes.


Sim, lembro-me bem desse episódio

Constava-se que: 
Na altura, decorria no Morro dos Veados umas filmagens, cuja artista principal era a Romy Schneider. Dado que o Morro dos Veados era em Belas a mais de 20 Km do centro da cidade, “por uma questão de segurança” tornava-se necessário a protecção do pessoal.

Por se tratar de uma operação invulgar não rotineira, teríamos sido escolhidos pelas altas instâncias, para termos a “honra” de levar a cabo tal operação, somando também a possibilidade de alguns poderem vir a ser protagonistas do filme. Uma possibilidade muito especial e para tal aceitavam-se voluntários.

O resultado de tal operação pode ser lido "em resumo"  na primeira destas três páginas, que o Vilela nos enviou.




Tem graça que não há muito tempo, procurei para colocar numa das paredes do meu
BAIXATOLA CINE a foto dessa artista de cinema interveniente na história, que desde este episódio, jamais esqueci.

Uma peripécia tão marcante, que mereceu tal destaque.


Que me recorde, penso que aquela encenação existiu por culpa da famosa Mata-Hari.

Uma espiã dupla da 1ª guerra mundial, que “segundo a história” obtinha e trocava informações entre Alemanha/França e vice-versa quando estava “enrolada” na cama fazendo sexo com os oficiais. Foi fuzilada pelos franceses no dia do meu aniversário “15 de Outubro” mas de 1917.
***
Por se tratar de uma operação de grande envergadura pensada com alguma antecedência e para que os nossos militares não fizessem o mesmo nas suas visitas ao B. O. (Bairro Operário) e afins, usou-se este estratagema para que a operação fosse como foi “um êxito”.

Acontecimento igual ao relatado nas restantes folhas enviadas, passou-se “quase a papel químico”, no dia da nossa chegada ao Dange.
Aí permanecemos algum tempo, onde aconteceram diversas peripécias, algumas já aqui relatadas.